segunda-feira, 16 de março de 2009

A tenente-coronel Elizabeth Solimões, foi presa no sábado, dia 14, por suspeita de corrupção em máfia de caça-níqueis e extorsão


A Polícia Militar de São Paulo suspeita que uma tenente-coronel presa neste sábado (14) tenha praticado crime de corrupção em esquema de facilitação de caça-níqueis e também extorsão de perueiros ilegais na Grande São Paulo. Sobre ela ainda recai a suspeita de prevaricação.De acordo com o coronel Wagner César Gomes de Oliveira Pinto, do Comando de Policiamento Metropolitano Guarulhos, há "fortes indícios" de que a oficial tenha praticado esses crimes. Ela comandava o 31º Batalhão da PM em Guarulhos e estava afastada da função desde o final de dezembro de 2008 por causa da investigação. Sob orientação de seus advogados, ela preferiu não prestar depoimento antes de ter acesso ao inquérito.
Ao todo, dez policiais do mesmo batalhão foram presos desde fevereiro. A PM suspeita que eles formavam uma organização que atuava na unidade. O grupo é investigado por extorsão, concussão, peculato, desvio de cargas e prevaricação em Santa Isabel e Arujá, cidades da região metropolitana de São Paulo. O coronel da PM não descarta que novas prisões possam ser feitas.

Propina

Mais cedo, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a oficial é suspeita de envolvimento com um esquema de arrecadação de propina. O pagamento seria feito por donos de máquinas caça-níqueis e peruas clandestinas. A prisão da oficial foi decretada pela Justiça na sexta-feira (13).

De acordo com a “Agência Estado”, uma delação premiada revelou a arrecadação da propina.O primeiro-tenente do batalhão, que aceitou fazer a delação premiada, afirma que os demais suspeitos arrecadavam dinheiro de um contraventor, que bancaria festas no quartel do 31º Batalhão. O tenente afirmou que os suspeitos e uma tenente-coronel, então comandante da unidade, recebiam propina mensal da máfia do jogo. Os suspeitos negam as denúncias.

Outros seis policiais toparam fazer a delação premiada.

sexta-feira, 13 de março de 2009


Testinha, já tem um acerto de contas com a Justiça Eleitoral

Mal assumiu o comando da Prefeitura de Poá, o pedetista Francisco Pereira de Sousa, o Testinha, já tem um acerto de contas com a Justiça Eleitoral...Ele é acusado por dirigentes do Partido dos Democratas (DEM) de pagar R$ 7,2 mil para o jornalista Miguel Leite, proprietário do “Jornal de Ferraz”, para produzir uma enquete eleitoral a poucos dias das eleições municipais em outubro. Além dos meios eleitorais, o caso também está sendo apurado por um inquérito policial (1006/2008) instaurado no Distrito Policial Central de Poá. Notificado sobre o pedido de investigação judicial feito pelos democratas, Testinha terá que apresentar sua defesa até amanhã no órgão eleitoral da cidade. A princípio, sua defesa negou a acusação, afirmando que o pedetista não tem nenhum envolvimento no caso e que não existem provas que confirmem a denúncia feita pelo DEM. Para o partido, a denúncia já é objeto de duas ações movidas pela atual gestão municipal contra Testinha. No entanto, se a acusação for comprovada, Testinha poderá ter sua diplomação e mandato de prefeito cassados, cujo fato daria vitória ao segundo colocado no pleito, Eduardo Carlos Felippe, o Eduardão (DEM), ex-prefeito poaense. Entretanto, até que isso ocorra, os dois partidos terão uma longa briga pela frente porque, de acordo com o procurador jurídico dos democratas, Carlos Genovezzi, é um processo que pode se estender por um ano. Seis testemunhas, inclusive o próprio jornalista, serão convocados para prestar depoimento e, posteriormente, o caso será analisado pelo Ministério Público, que definirá o rumo do processo judicial.Na manhã desta quarta-feira, os representantes democratas Eduardo Carlos Felippe, o Eduardão, Igor Lazaneo e Elias El Ghossain, junto com Genovezzi, convocaram a imprensa para uma entrevista coletiva, onde expuseram o caso e criticaram o comitê financeiro do PDT por não ter lançado o valor na prestação de contas com a Justiça Eleitoral. “No último dia 11, quinta-feira, o DEM ingressou com um pedido de investigação judicial para apurar gastos ilícitos de campanha. A princípio, vamos apenas apurar esse gasto. Não importa se foi um real ou um milhão de reais”, comentou Genovezzi, reforçando que a enquete favoreceu a eleição de Testinha como prefeito. Segundo ele, o depoimento do jornalista reforça as suspeitas de irregularidades na campanha pedetista. Leite afirmou à polícia ter recebido o valor de R$ 7,2 mil por parte de membros do partido de Testinha para publicar o material, divulgado em mais de 600 exemplares que foram apreendidos pela polícia. “Esse tipo de divulgação de pesquisa é punida pelo Tribunal Eleitoral”, frisou o procurador. “Só queremos que a lei seja lembrada por todos os candidatos”, finalizou Eduardão.