quinta-feira, 27 de março de 2014

Aprovando cotas, não estaria o governo qualificando os negros de uma raça inferior?


Dia 05 de dezembro de 2013 postei no meu blog o seguinte comentário:
Joaquim Barbosa e muitos negros lutaram e lutam pelo direito de igualdade e não por cotas garantidas em universidades ou concurso públicos, como se fossem deficientes, grávidos ou idosos.


Só falta o governo baixar uma Lei que garanta 40, 50, ou 60% dos bancos no transporte coletivo e em caixas preferenciais, serem reservados aos negros como uma forma de pura demonstração de humilhação. Seriam os negros uma raça inferior aos brancos, para tal distinção ou segundo a Constituição, todos são iguais perante a Lei?

Hoje, dia 27 de março, além de ratificar o que já havia escrito e frente à Lei aprovada ontem, dia 26, que garante 20% das vagas em concursos públicos a negros e afros descendentes, me vejo no direito de questionar o Congresso Nacional e a Comissão de Direitos dos Negros e Afros descendentes.

O primeiro por ser responsável por aprovar as Leis que regem o nosso país, como as penalidades a que estão sujeitas quem comete crimes de racismo, preconceitos e discriminação.

Pergunto eu: Se todos são iguais perante a Lei, não estão sujeitos a prisão os congressistas que aprovaram esta Lei, onde esta evidenciada a discriminação?

Garantindo este privilegio aos negros e descendentes é o mesmo que os chamarem de uma raça inferior no seu intelecto e não capacitados a disputarem de igual para igual com os brancos, assim como as crianças especiais que precisam de atendimentos diferenciados.

No caso da Comissão dos Direitos dos Negros e Afros, sempre entendi que a luta estava pautada na busca de um tratamento de igual para igual e não de privilégios como os 20% de vagas garantidas.

O que me deixa indignado, já que, mesmo vendo a humilhação imposta pelo governo, ninguém da Comissão se pronuncia, dando a entender que o que vale mesmo é as aparentes vantagens e a dignidade não vale nada.

Digo aparentes vantagens, porque no caso de concurso público ou privado, com certeza, na avaliação do candidato será avaliado o perfil, e com certeza o fator cota poderá ser desfavorável, tanto na contratação como em salário, pois se o próprio governo o discriminou , porque a empresa não tem este direito?


Eu particularmente acho que esta lei é um tiro pela culatra!