Quem manda no Congresso é o Planalto
Nesta última segunda-feira, 20 de maio, o Presidente do Supremo Tribunal, Joaquim Barbosa, por ocasião de uma palestra em uma universidade de Brasília, abalou o já falido Congresso Nacional, presidido por Renan Calheiros, um senador envolvido por uma série de denúncias e uma Câmara de Deputados Federais, onde na sua Comissão de Justiça mantem membros condenados pelo Mensalão.
Falando com muita veemência, Barbosa disse o que a maioria dos brasileiros gostariam de falar e que se torna difícil contestar.
Criticou a representação partidária no país.
Segundo ele, os partidos são de "mentirinha". Ele também afirmou que
atualmente o Congresso é “inteiramente dominado pelo Planalto”.
Ao ser perguntado por aluno sobre críticas de
interferência do Judiciário no Legislativo, Barbosa disse que partidos
"querem o poder pelo poder".
Nós não nos identificamos com os partidos que nos
representam no Congresso, a não ser em casos excepcionais.
"Nós temos partidos de mentirinha. Nós não
nos identificamos com os partidos que nos representam no Congresso, a não ser
em casos excepcionais. Eu diria que o grosso dos brasileiros não vê
consistência ideológica e programática em nenhum dos partidos. E nem pouco seus
partidos e os seus líderes partidários têm interesse em ter consistência
programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder."
Para o presidente do STF, a falta de
representação partidária faz o Congresso ter "ineficiência pela sua
incapacidade de deliberar".
Ele completou, ainda, que outro problema do
Congresso é o fato de ser submetido ao Executivo. "O problema crucial
brasileiro, a debilidade mais grave do Congresso brasileiro é que ele é
inteiramente dominado pelo Poder Executivo. [...] Temos um órgão de
representação que não exerce em sua plenitude o poder que a Constituição lhe
atribui, que é o poder de legislar."
PEC 33
O presidente do Supremo comentou ainda a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 33, que foi aprovada em uma comissão da Câmara, mas teve a tramitação
paralisada após críticas. A proposta determina que decisões do Supremo sejam
submetidas à análise do Congresso.
Para ele, a proposta é uma "reação" às decisões do Congresso. "São, sim, reações a decisões do STF. Se levadas adiante essas tentativas, nós teríamos destruído a Constituição brasileira, todo mecanismo de controle de constitucional que o Supremo exerce sobre as leis. Significaria o fim da Constituição de 88."
Para ele, a proposta é uma "reação" às decisões do Congresso. "São, sim, reações a decisões do STF. Se levadas adiante essas tentativas, nós teríamos destruído a Constituição brasileira, todo mecanismo de controle de constitucional que o Supremo exerce sobre as leis. Significaria o fim da Constituição de 88."
Eu particularmente acho que nesta hora, cabe uma
manifestação popular, em apoio à posição do ministro.
Se mais uma vez, o povo se comportar como carneirinho,
corremos o risco de vermos um SUPREMO CONGRESSO NACIONAL, julgando e
condenando os ministros com os votos dos condenados pelo mensalão, e ai meus
amigos, estamos F.....
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